“Onde você mora?” “O que tem no seu município?” “O que você sabe sobre as manifestações culturais em seu município?” “E sobre o meio ambiente, o que você sabe?”
Estas são apenas algumas das muitas questões levantadas durantes as oficinas de percepção que estão sendo realizadas com os jovens que, em breve, poderão fazer parte do projeto “Raízes e Asas do Rio Doce”, desenvolvido pela Fundação Geraldo Perlingeiro Abreu (FGPA) em parceria com a Fundação Renova. E isto é só o começo: as inscrições e processo de seleção para o projeto começam dia 20 de outubro.
As oficinas fazem parte da metodologia de reconhecimento dos jovens e dos 20 municípios que fazem parte da chamada “Calha do Rio Doce”: Bom Jesus do Galho, Bugre, Caratinga, Córrego Novo, Dionísio, Fernandes Tourinho, Iapu, Ipaba, Ipatinga, Marliéria, Pingo D´Água, Raul Soares, Rio Casca, Santana do Paraíso, São Domingos da Prata, São José do Goiabal, São Pedro dos Ferros, Sem Peixe, Sobrália e Timóteo.
Até o momento já foram realizadas oficinas com jovens de Sobrália, Rio Casca, Santana do Paraíso, São Pedro dos Ferros, Timóteo (duas edições) e Pingo D´Água, mas todos os municípios serão contemplados. “A oficina de Diagnóstico Participativo é uma maneira que encontramos de, ouvindo os jovens, conhecer um pouco mais dos municípios que serão contemplados pelo projeto Raízes e Asas do Rio Doce”, esclarece a coordenadora e pedagoga Ana Marta Aparecida de Souza Inez.
Na opinião da psicóloga Regina Lúcia de Souza, que conduziu a oficina junto aos jovens de Timóteo, a experiência foi bastante positiva. “Foi encantador conhecer jovens engajados e que almejam transformar a realidade onde vivem. O projeto Raízes e Asas do Rio Doce será uma oportunidade importante para eles serem protagonistas em questões socioambientais do município”, acredita a facilitadora.
Quem também esteve à frente de uma das oficinas foi a bióloga Heloisa Neves Brasil, que coordenou os trabalhos com os jovens de Pingo D´Água. Ela salienta a importância da oficina neste momento, antes mesmo das inscrições serem abertas. “É interessante perceber qual é o olhar deles para o município, como eles se expressam, quais os anseios e necessidades. Um momento de aprendizado em ambiente descontraído, porém de extrema importância”, afirmou.
Já para o filósofo e professor de teatro, Gilson Magno de Souza a oficina realizado com os jovens de São Pedro dos Ferros permitiu “conhecer um pouco mais sobre a realidade do município, suas relações sociais, culturais, ambientais e afetivas com os lugares, além de possibilitar conhecer um pouco mais os desejos, sonhos e projetos dos jovens para o município”.
As oficinas continuam até o final do mês, envolvendo os jovens estimulando o pensamento crítico dos participantes que responderam aos questionários e foram convidados para esta etapa do projeto. Os questionários ainda estão abertos a todos os jovens (de 15 a 29 anos), dos 20 municípios envolvidos, e podem ser acessados pelo link https://fgpa.org.br/raizes-e-asas-do-rio-doce/